Falando com pais (29/10)

Publicado 29 de outubro de 2021

Reflexões…

Quem imaginou que no final de 2019, na passagem de ano, quando desejávamos saúde, alegria, prosperidade uns aos outros, unidos aos nossos familiares e amigos, viveríamos, no início de 2020, um dos maiores desafios da humanidade. De lá para cá, foram inúmeras experiências que causaram várias comoções e reviravoltas em nossas vidas. Choramos? Muitas vezes, mas sorrimos também! Alguns perderam amigos, pais, avós, outros um grande amor! Para algumas pessoas, terminar o ano é apenas uma questão de calendário…

Entendemos essa dor…! E por isso mesmo é preciso renovar as esperanças, revigorar a fé, acreditar no novo, confiar na ideia de que uma força superior nos brinda com a vida, afinal, “andar com fé eu vou, porque a fé não costuma falhar” … já diz Gilberto Gil naquela melodia gostosa cheia de ritmo de praia.

Enquanto tentamos nos adaptar a uma nova realidade em meio à pandemia, percebemos que esse pode ser um momento decisivo para cultivarmos hábitos mais significativos e conscientes. Mesmo que não há uma fórmula mágica para lidar com uma crise, sobretudo esta pela qual passamos, cada um de nós vai vivendo um dia após o outro e tirando lições importantes em meio a tudo isso.

Estamos identificando de forma clara que as ações individuais podem mudar o mundo. Seria uma pena não usarmos esse momento para aprender com nossos erros (sob o ponto de vista de humanidade) e lutarmos por um novo “normal”. Diante de um contexto tão alterado, quais lições podemos aprender?

A primeira reflexão que podemos fazer é de que menos é mais, ou seja, passamos a ter a oportunidade de pensarmos sobre o impacto do nosso poder de compra em relação à sociedade, à economia e, sobretudo, ao planeta. Com uma simples pergunta: “eu preciso mesmo disso?”, diminuiu-se e 65% o impulso de compra dos brasileiros, até porque, em virtude da pandemia, paramos de frequentar lugares como os shoppings, por exemplo. Ao lado dessa ação, houve o fortalecimento do movimento “compre do pequeno”, nesse sentido as redes sociais foram essenciais para a divulgação e mobilização de pessoas solidárias aos comércios locais, que sem dúvida foram os mais impactados pela crise provocada pela pandemia.

Diante desse cenário todo, descobrimos que cada gesto além de importar causa um impacto enorme no bem-estar coletivo. O cuidar de si, passou a ser o cuidar do outro, o lavar as mãos, usar álcool em gel e máscaras, atitudes simples, mas que salvam vidas! Expandimos as nossas fronteiras de cuidado para além dos nossos familiares e amigos e passamos ajudar até mesmo quem a gente não conhece. Certamente a lição mais valiosa dessa crise pandêmica é a empatia coletiva.

Neste momento, mais do que refletir, identificamos o quanto a ação tem poder, nos certificamos de que a escolha individual faz toda a diferença para a sociedade como também para todo o planeta. Temos, com essa experiência toda, a grande oportunidade de nos importar menos com as desavenças e “picuinhas” e valorizar mais o tempo com quem amamos. Cada dia mais estamos menos isolados e mais interligados, mais próximos. Ah, e para não perdermos o costume, tudo vai passar! Ficaremos bem!

A todos um forte abraço!