Falando com pais (05/11)

Publicado 5 de novembro de 2020

Aproximamo-nos do final do ano, e de mais um ano letivo. Sem dúvida um ano muito especial e desafiador.

Há um ano, jamais passaria por nossas cabeças viver as experiências proporcionadas pela pandemia do Coronavírus, tão pouco lidar com os impactos que algo desse tipo pudesse ter em nossas vidas.

Tivemos que mudar radicalmente nossos hábitos, em casa, no trabalho, na escola, nas relações pessoais. Mudamos nossa maneira de interagir com a realidade que nos cerca e que exigiu nova forma de organização e de higiene, para nos prevenir da contaminação e da exposição nossa e de nossos entes ao vírus e a doença.

Tivemos que aprender muitas coisas novas, novas formas de fazer tarefas até então corriqueiras, e nos responsabilizarmos mais por nossas atitudes.

No que tange a escola, foi necessário assumir o protagonismo e organizar nossa rotina de estudos a partir de casa, sem a convivência direta com professores e colegas, além de aprender a usar a tecnologia a favor do aprendizado formal.

Não foi nada fácil. E nessas horas é que descobrimos nossa grandeza e também, nossa fragilidade diante da vida.

Muitos de nós tivemos perdas materiais, financeiras, emocionais. Mas também convivemos com experiências de crescimento. Sairemos de qualquer forma diferentes e mais fortes do que entramos nessa pandemia.

Se por um lado a quarentena expôs sua face mais cruel no distanciamento das pessoas que amamos, também uniu ainda mais as famílias dentro de casa, possibilitando muitas experiências e aprendizado.

Tivemos que ser fortes, como nunca, para estarmos mais presentes com a família, com esposo, esposa, filhos, e assim aumentar a proximidade que certamente gerou atritos, por aumentar nossa exposição ao outro, especialmente num clima já tenso pela própria situação da pandemia, mas que também possibilitou o diálogo, a troca, o aumento do vínculo que há muito não experimentávamos.

Quem teve a serenidade de resistir, e não sucumbir à discórdia, certamente cresceu como ser humano, pai, mãe, esposa, esposo, filhos, e muito acrescentou de aprendizado a sua existência.

Não sabemos ainda quando tudo isso terminará, menos ainda onde nos levará; o que, indubitavelmente; sabemos é que já não somos os mesmos de antes.

Dizem os mais sábios que vez ou outra precisamos de uns puxões de orelha e uns sinais de que as coisas não vão bem. Que tenhamos, então, a sagacidade de perceber essas nuances da vida e subir mais um degrau na evolução. Que enxerguemos esse momento impar como oportunidade e não como castigo ou efemeridade.

Quem tem olhos que veja!

Forte abraço e grandioso final de semana!
A Direção e Coordenação